quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Dublagem Esquecida de Batman


Por Edson Rodrigues

O canal pago TCM traz de volta a série Batman e aproveitemos para lembrar de sua estréia no Brasil. 
Estávamos no segundo semestre de 1966 e a então TV Paulista, canal 5 de São Paulo (que depois seria comprada pela Rede Globo), anunciava a série Batman como "o maior sucesso do momento na TV americana". As chamadas continham cenas do episódio-piloto, com Batman (o ator Adam West) subindo pela bat-corda para salvar Molly (a atriz Jill St. John) dentro da Bat-Caverna. Foi com grande ansiedade que muitos brasileiros aguardaram a estréia, programada para uma terça-feira, às 20h30. Antes da exibição dos episódios da 1ª Temporada, a TV Paulista exibia um slide do morcego, sob arranjo do tema do compositor Neal Hefti, mas que acabou não sendo aproveitado na série.
Quando Batman estreou em São Paulo, o episódio exibido foi "Congelamento Instantâneo", com o ator George Sanders fazendo o vilão Capitão Gelo (ou Sr. Gelo, como alguns afirmam). Antes de iniciar a segunda parte, no dia seguinte, a TV Paulista anunciou que iria reprisar a primeira parte, atendendo a milhares de pedidos. Coisas assim marcavam muito os espectadores da época.
Um fato curioso, que provavelmente poucos fãs do Homem-Morcego se recordam, ou tem conhecimento, é que a atual dublagem da 1ª Temporada da série, gravada pelo estúdio paulistano AIC, é uma redublagem. Isso porque uma primeira versão foi feita pelo estúdio Odil Fono Brasil, também de São Paulo, uma empresa de propriedade de Ademar de Barros, ex-governador do Estado.  

Embora o elenco de dubladores da Odil pertencer também a AIC, em geral os resultados não tinham o mesmo nível de qualidade, embora a Odil tivesse realizado bons trabalhos como na série animada Os Flintstones
Na dublagem de estréia de Batman, o locutor tinha uma voz mais rouca, mais anasalada, mas a de Robin era a mesma que conhecemos hoje, de Rodnei Gomes (falecido em 2006). Comentávamos em casa, na ocasião, ser a mesma voz de Little Joe (Michael Landon) em Bonanza
As Diferenças Odil x AIC
Coube à AIC dublar a 2ª temporada de Batman e redublar a 1ª. A 3ª Temporada foi dublada no final dos anos 60, início dos 70, pelo estúdio carioca TV Cine Som.
Não se sabe ao certo o que levou a distribuidora da série encomendar uma nova dublagem poucos anos após o trabalho da Odil Fono Brasil. O fato é que Batman estreou "pela primeira vez em cores" entre 1973/74 e, junto, a nova dublagem da AIC. Especula-se que a qualidade do primeiro trabalho não seria a ideal, ou que algum problema técnico tenha impossibilitado a inserção da dublagem original no novo lote colorido de episódios.
 Chapeleiro Louco

Vão aqui alguns detalhes entre essa dublagem esquecida e a tradicional da AIC, que muitos consideram como original:
• Na dublagem que hoje conhecemos, o episódio exibido inicialmente passou a se chamar "Descongelamento Instantâneo";
• O vilão interpretado por David Wayne no episódio "O 13º Chapéu" chamou-se Chapeleiro Maluco na original. Na versão que hoje conhecemos, foi batizado de Chapeleiro Louco;
• O vilão do episódio "Falso ou Verdadeiro" na dublagem original chamava-se Mil Faces. Na versão atual, da AIC, é conhecido por Face Falsa;
• O episódio-piloto, segundo a versão original, intitula-se "Charada é uma Parada". Hoje o conhecemos como "Charada é uma Charada".
Curiosidades
Batman marcou a geração dos anos 60, mas, aos poucos, ficava cada vez mais evidente que, apesar de ser exibida em horário nobre, não era um programa feito para adultos.
Com relação aos vilões tradicionais da série, exibidos na antiga TV Paulista com a primeira dublagem, sabe-se que:
• Logo após a estréia, o episódio exibido a seguir foi com o vilão Coringa (César Romero). Curiosamente, "The Joker is Wild" não teve o título traduzido pela Odil Fono Brasil naquela oportunidade;
• O primeiro episódio exibido com o vilão Charada (Frank Gorshin) foi "Uma Charada Por Dia Afugenta um Charadista”;
• O primeiro episódio exibido com a vilã Mulher-Gato (Julie Newmar) foi “O Crime Perfeito”;
• O primeiro episódio exibido com o vilão Pinguim (Burgess Meredith) foi “O Pinguim Regenerado”;
A Era "TV Cine Som"
A 2ª Temporada de Batman nada apresentou de novo em relação a primeira. Por isso, a audiência teria caído demais nos Estados Unidos. Era comum entre os americanos na época ouvir dizer "Batman, quem viu um, viu todos".
Por esse motivo, houve na 3ª Temporada a introdução da personagem Batgirl. O papel – originalmente destinado à Mary Ann Mobley – acabou caindo no colo de Yvonne Craig. 
Aqui no Brasil, esta temporada teve ainda mais uma diferença: a Fox decidiu trocar de estúdio de dublagem e mandou a série para o Rio de Janeiro, onde foi dublada pelo estúdio TV Cine Som, com sua ambientação sonora característica e com o locutor falando sob o efeito de eco.
O trabalho resultou aquém do desejado. Dentre as falhas dessa fase, podemos citar um episódio que é passado na fictícia Londinium e que possui três partes. Robin tem uma mesma voz na primeira e na terceira partes. Inexplicavelmente, outro dublador fez Robin na segunda parte.
Através dos Tempos
• No início dos anos 70, quando chegaram ao Brasil as primeiras cópias coloridas da série, muitas reprises surgiram sob o slogan "Pela primeira vez em cores".
• Com o passar dos anos, inúmeras foram as reprises de Batman em outras emissoras. 
• Em 1994, todos os 120 episódios da série foram remasterizados, trabalho esse que permitiu recuperar a cor e o brilho das cópias originais.
• Consta que recentemente a Fox tentou remasterizar os episódios do primeiro ano e o resultado teria sido ruim, visto que o som resultou baixo e abafado. A se comprovar essa informação, fica evidente que nem sempre vale a pena investir em remasterização de uma dublagem se ela for muito antiga ou estiver com algum problema. Trata-se de um processo caro e nem sempre eficiente (daí ser mais barato redublar). 

Fonte: www.retrotv.uol.com.br

Rede Brasil traz de volta Ultraman e Ultraseven



Televisão
 
21/09/10

Ultraman
A Rede Brasil de Televisão  (RBTV) está tirando do fundo do baú, sem divulgação alguma, duas importantes e raras séries japonesas: Ultraman e Ultraseven.
Ultraman (1966) mostra a luta de um alienígena superpoderoso contra monstros que atacam o planeta Terra. Ao sinal de perigo, o oficial Hayata, da Patrulha Científica japonesa, aciona secretamente uma cápsula e dá lugar para o herói Ultraman. A série estreou no Brasil pela TV Tupi. Posteriormente, foi exibida pela TV Bandeirantes,   TV Record, TV Manchete e SBT. Em 2002, foi exibida pela CNT e atualmente também é exibida pela ULBRA TV.

Ultraseven
Ultraseven  (1967), similar à Ultraman, conta a história de outro alienígena, vindo da mesma nebulosa que Ultraman, que deveria mapear a Via Láctea, porém decide morar em nosso mundo e cumprir uma temporada de missões para defender a humanidade contra invasores espaciais. Ao chegar, se disfarça de humano baseado nas feições de Jiro, um valente alpinista que arriscou a vida para salvar um amigo. Assumindo o nome de Dan Moroboshi, Ultraseven se une ao Esquadrão Ultra, como o sexto membro combatente de ameaças do espaço. A série estreou no Brasil nos anos 70 pela TV Tupi, também sendo exibida pelas TVs Bandeirantes e Record.
Ultraman está indo ao ar de segunda à sexta-feira, às 8h30 e 20h. Aos sábados, entra no ar às 12h30. A dublagem é feita nos anos 90 pela BKS. Ultraseven é exibido de segunda à sexta-feira, às 15h30 e 19h30 (com a dublagem original da Cinecastro).

Acervo

A Rede Brasil tem como característica sua vasta e rara programação de séries e desenhos clássicos de tevê.  Mas, a falta de investimentos em divulgação e expansão do sinal tem prejudicado uma boa repercussão. Há algumas semanas, a emissora deixou de divulgar sua grade.
Atualmente a Rede Brasil vem exibindo séries como Túnel do Tempo, Terra de Gigantes, Supermáquina, Jiban, Daniel Boone, Jornada nas Estrelas, Ilha da Fantasia, A Mulher Biônica, Kung Fu, A Noviça Voadora, O Elo Perdido, A Mulher Maravilha, MacGyver e Os Três Patetas. Entre os desenhos animados, destaque para Snoopy, Mr. Magoo e Pinochio.
A Rede Brasil, que não possui ligação com a TV Brasil (pública federal), é uma emissora que transmite via satélite Star One C1 para todo país, em canais UHF de vários estados e na internet. Na Grande São Paulo, opera nos canais 45 e 59.

Direitos Autorais

Em 2009, representantes dos grandes estúdios de Hollywood acusaram a Rede Brasil de exibir seriados e filmes sem deter os direitos autorais. A APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música) notificou a emissora, a pedido dos estúdios Fox, afirmando que o canal não tem "qualquer tipo de autorização" para a veiculação de conteúdo do estúdio e solicitou a retirada de algumas séries do ar. A MPA (Motion Pictures Association), espécie de sindicato dos estúdios, também pediu à Rede Brasil explicações sobre a exibição de séries.

Marcos Tolentino, presidente da Rede Brasil, diz que comprou os direitos dos filmes e seriados de empresas que representariam os estúdios no Brasil. Ao jornal Folha de São Paulo, o executivo citou o nome de duas delas e enviou extrato de contrato pelos direitos da série Roswell. Nele, a brasileira E+ Entretenimento compra os direitos de uma empresa das Ilhas Virgens, paraíso fiscal. Cristiano Gomes, vice-presidente da E+, diz que fez uma parceria, cedendo os direitos da série Roswell à Rede Brasil e sustenta que nunca teve problemas de direitos com seu fornecedor.

Fonte : www.retrotv.uol.com.br

Heróis Hanna Barbera



Introdução

Uma tradição dos estúdios Hanna-Barbera sempre concedeu inteligência quase humana aos animais, transformando-os de quadrúpedes a bípedes, dando-lhes gravata borboleta, chapéu e o dom de falar. A fórmula usada trouxe, geralmente, valentes personagens, que perambulam pelo Mundo em busca de aventuras, sempre acompanhados de um fiel escudeiro.
Entre 1957 e 1959, o estúdio criou engravatados como Zé Colméia, Dom Pixote, Jambo e Ruivão, Plic e Ploc, entre vários outros. Até que, em 1960, William Hanna e Joseph Barbera decidiram que os protagonistas da sua próxima animação deveriam ser humanos e não animais. Surgiram então Os Flintstones.
Cinco anos depois, em 1965, a "HB" estreou A Formiga Atômica, seu primeiro super-herói, mesmo que o protagonista ainda fosse um animal falante (no caso, um inseto).
Logo vieram os desenhos animados da Marvel Comics (Capitão América, Hulk, Thor e Namor), que viraram fenômeno, fazendo com que a "HB" investisse em super-heróis com forma humana ou similar. Mesmo não apresentando um primor de qualidade, surgiram personagens como Space Ghost e Homem-Pássaro, que fizeram grande sucesso e são lembrados até hoje.
Ao contrário dos personagens da Marvel, os heróis da Hanna-Barbera não possuem origem definida e tampouco qualquer exploração psicológica. São heróis e vilões claramente influenciados por similares nos quadrinhos, com tramas simples, do tipo "cientista ou alienígena maléfico com planos de dominar o Mundo, luta contra os heróis e acabam derrotados". Ponto final. Nada de sentimentalismos, seqüências ou questionamentos. Apenas ação.
Este especial, gradativamente, matérias sobre todos os super-heróis dos estúdios Hanna-Barbera, que rechearam as tardes dos anos 70 e 80 na tevê brasileira.

Dinamite o Bionicão

Título: (Dynomutt, the Dog Wonder/1976/EUA/Cor)
Formato: 
16 episódios de 22 minutos em 1 temporada
Dublagem: Herbert Richers/RJ - Orlando Drummond [Bionicão], Nílton Valério [Falcão Azul/Radley Crown], Sílvio Navas [narrador].
Bionicão é um atrapalhado cão-biônico e parceiro do herói Falcão Azul. Juntos, eles ajudam o prefeito de Cidadópolis prender criminosos que a polícia não conseguiu. O desenho é uma mistura entre Batman e Scooby-Doo e não poupa referências a estes personagens. Sempre que a cidade está em perigo, o Falco-Sinal é enviado a uma base de operações na cobertura de um apartamento, onde a dupla assiste em uma TV o chamado do Falco 1.
Assim, imediatamente, eles se transformam em super-heróis para promover a justiça e auxiliar os indefesos, travando lutas contra vilões muito perigosos. O grande problema é que sempre que o Falcão Azul está prestes a prender os bandidos, o atrapalhado Bionicão põe quase tudo a perder com seus circuitos entrando em curto, que acionam ferramentas no momento errado.
O cão-herói também pode esticar todos os membros do corpo, graças às suas habilidades especiais. Já o Falcão Azul usa sua inteligência como arma, além de equipamentos tecnológicos de última geração, abrigados no cinto do Falcão Azul (referência a Batman, mais uma vez).
Participação de Scooby-Doo
e sua turma
Por trás da máscara do Falcão Azul está Radley Crown, um homem milionário que tem uma vida social ativa, mas que esconde sua identidade de super-herói.
O desenho estreou em 1976 nos EUA, tendo um total de 20 episódios, exibidos dentro do Show do Scooby-Doo.
Dinamite, o Bionicão ficou marcado como o primeiro desenho da história a escalar um personagem afro-descendente como um oficial. No caso, como um prefeito.
A dublagem brasileira do desenho ajudou-o a conquistar a garotada, não importando que é exatamente a mesma voz de Scooby-Doo (Orlando Drummond).

Galaxy Trio

Título:(GalaxyTrio/1967/EUA/Cor)
Formato: 
20 episódios de 6 minutos em 1 temporada
Dublagem: Herbert Richers/RJ - Maurício Barroso [Homem-Vapor], José Santana [Homem-Meteoro], Sumara Louise [Mulher-Flutuadora].


Galaxy Trio é uma força policial formada pelos extraterrestres Homem-Vapor, Mulher-Flutuadora e Homem-Meteoro, onde cada personagem tem poderes especiais, de acordo com seu planeta de origem. Do planeta Vaporus, o Homem-Vapor, como o nome já entrega, se transforma em vapor ou em qualquer tipo de gás. A Mulher-Flutuadora, nativa do planeta Gravitas, pode controlar sua gravidade ou a de qualquer objeto. Por fim, o Homem-Meteoro, do planeta Meteorus, aumenta sua força e tamanho como bem entender.
A bordo da nave Condor I, o Galaxy Trio patrulha e combate vilões de todo o Universo. Geralmente, ele recebe pedidos de socorro de civilizações intergalácticas que estão sofrendo algum tipo de ameaça.
Galaxy Trio, também desenhado por Alex Toth, estreou em setembro de 1967 na rede americana CBS, dividindo o espaço de 30 minutos com a série Homem-Pássaro.

Homem Pássaro

Título:(Birdman/1967/EUA/Cor)
Formato: 
40 episódios de 6 minutos em 1 temporada
Dublagem: Herbert Richers/RJ - Márcio Seixas [Homem-Pássaro], Mike Road [o falcão Vingador] (mantidos no original), Luiz Manuel [Menino-Pássaro], Pietro Mário [Falcão-7].


O agente secreto Ray Randall foi selecionado por um sumo sacerdote do Deus egípcio do Sol para ser o emissário de Ra na Terra. Além de possuir asas, o Homem-Pássaro, como é chamado, emite raios e cria um escudo de proteção ao captar energia solar. Quando suas reservas energéticas estão reduzidas, recarrega seus poderes expondo-se aos raios do Sol.
A missão do Homem-Pássaro é lutar contra os mais diversos tipos de monstruosidades e criminosos que ameacem a paz na Terra, como robôs espaciais, aranhas gigantes, monstros marinhos, cientistas loucos, entre outros.
O herói vive dentro de um vulcão extinto, oculto entre uma cadeia de montanhas. Ao sinal de algum perigo no Universo, o Falcão Sete - misterioso chefe da organização - aparece na tela de um computador alertando sobre o problema. Terminadas as instruções, um portal metálico no vulcão se abre e o Homem-Pássaro, acompanhado de sua águia Vingador, voam para mais uma missão, com seu brado "Hooooomeeeem-Pássaro!".
Na segunda temporada da série, o Homem-Pássaro ganhou um novo aliado: o Menino-Pássaro, que deu um pouco mais de ação às histórias.
Criado por Alex Toth e Hanna-Barbera, Homem-Pássaro foi exibido de 1967 a 1969 na rede americana NBC, dividindo o espaço de 30 minutos com o desenho Galaxy Trio.

O Poderoso Mightor

Título: (The Mighty Mightor/1966-67/EUA/Cor)
Formato: 
36 episódios de 6 minutos em 1 temporada
Dublagem: Cine Castro/RJ (Domício Costa [Mightor], Rodinei Gomes e Carlos Marques [Tor], Ênio Santos e Jomery Pozzoli [Chefe Pondo], Angela Bonatti [Sheera] e Glória Ladany [Rok]).



Tor é um jovem que vive em uma aldeia em plena Idade da Pedra. Certo dia, após salvar a vida de um velho eremita, recebeu uma clava mágica como recompensa. Ao levantá-la e pronunciar o nome "Mightor", Tor se transforma em uma espécie de super-herói pré-histórico, que tem super-força, capacidade de voar e emitir raios pela clava. Mightor usa uma máscara para esconder sua identidade e proteger a aldeia em que vive.
O único que conhece a identidade do herói é Tog, sua audaz e fiel ave brontossauro, que também recebe super-poderes da clava e se transforma em um valente dragão.
Convivem com Tor a sua bela companheira Sheera, e seu pequeno irmão Li’l Rok, ambos filhos de Pondo, o chefe da aldeia. Li’l Rock é responsável pelos momentos cômicos da série. Ele tem uma fixação por Mightor e freqüentemente veste-se como o herói, acompanhado por Dodo Ork, um pterodátilo vermelho, saindo em busca de aventuras. Mas acaba tornando alvo fácil dos inimigos. Sheera também é alvo fácil, o que dá bastante trabalho a Mightor.
Outro personagem desta série animada é Bollo, o animal de estimação de Sheera, que é uma mistura de mamute com elefante.
Nas histórias, humanos, dinossauros e monstros de todos os tipos vivem em uma mesma época, algo que hoje, sabe-se claramente que nunca aconteceu. Os inimigos da aldeia geralmente são animais pré-históricos, homens primitivos ou gigantes.
O Poderoso Mightor foi criado por Alex Toth e estreou em setembro de 1967 na rede americana CBS, dividindo o espaço de 30 minutos com o desenho Moby Dick.

O Jovem Sansão

Título: (Young Samson/1966-1967/EUA/Cor)
Formato: 
20 episódios de 10 minutos em uma temporada
Dublagem: Dublasom/Guanabara/RJ (Carlos Marques [Sansão]; Don Messick [Golias] {efeitos vocais mantidos no original}.
As aventuras de um adolescente e de seu esperto cão Golias. Enquanto eles viajam por estradas em uma pequena motocicleta, sempre aparecem problemas a enfrentar, geralmente causados por um maléfico cientista, um super-vilão, monstros ou criaturas espaciais. Para enfrentar esse time, o jovem bate os dois braceletes dourados que traz em seus pulsos e grita: "Pela força de Sansão!". Imediatamente ele se transforma em Sansão, um homem adulto muito forte, resistente e ágil. Em seguida, Sansão torna a bater braceletes para transformar Golias em um poderoso leão.



O herói é capaz de dar grandes saltos e provocar ondas de choque com seus braceletes. O leão Golias também pode saltar longe, emitir raios de energia de seus olhos e destruir objetos através de seus altíssimos rugidos. Se for necessário, Sansão pode acionar novamente seus braceletes durante os combates para aumentar os poderes da dupla.
Sansão é na verdade um personagem bíblico. Ele teria sido um mortal com força sobre-humana, fornecida por Deus enquanto ele mantivesse os seus cabelos longos. Nesta série animada, a Hanna-Barbera o recriou em uma versão moderna. Golias também é um personagem da bíblia, mas neste caso apenas empresta seu nome ao cão/leão.
O Jovem Sansão teve um total de 20 episódios e dividiu o horário com o desenho Os Brasinhas do Espaço. A estréia na tevê americana aconteceu no dia 10/09/1966, em uma manhã de sábado. No mesmo dia, estrearam também os desenhos Shazzan e Os Herculóides, que também são produções da Hanna-Barbera.
Há um grande sucesso dos anos 80 que foi inspirado nesta série clássica do Jovem Sansão. É He-Man e os Mestres do Universo, dos estúdios Filmation. Como Sansão, o príncipe adolescente Adam transforma-se no adulto He-Man e, como acontece com Golias, seu tigre de estimação Pacato se transforma no Gato-Guerreiro, um animal muito maior e mais forte que o original.

Os Herculóides

Título: (The Herculoids/1966-1969/1981-1982/EUA/Cor)
Formato: 
49 episódios de 7 minutos em  duas temporadas
Dublagem: 1ª Temporada » Cine Castro/RJ e SP (Mílton Rangel [Zandor]; Ruth Schelske [Tara]; Luiz Manuel [Dorno]; Mike Road [Zok, Tundro e Igoo] {efeitos vocais mantidos no original}; Don Messick [Gloop e Gleep] {efeitos vocais mantidos no original}. 2ª Temporada » Telecine/RJ.
Os Herculóides é um grupo formado por cinco animais  munidos de poderes especiais que defendem seu planeta contra forças malignas que desejam conquistá-lo. Eles vivem em Quasar, um planeta habitado por diversas criaturas bizarras e monstruosas.

Igoo é um gorila de pedra gigante, que possui uma força descomunal, em uma mistura de "Pé Grande" com a "Coisa", do desenho Os 4 Fantásticos. Tundro é uma espécie de rinoceronte pré-histórico encouraçado, que lança pedras de energia de seu chifre que explodem com o impacto. Ele também pode estender suas oito patas para obter um efeito de elevador com o corpo. Zok é um dragão voador que emite raios laser a partir de sua cauda e olhos. Geralmente, transporta Zandor, Tara ou Dorno em suas costas. Para completar a equipe -- como não poderia deixar de existir em desenhos da Hanna-Barbera --, duas simpáticas e divertidas criaturas: Glup e Glip. Elas são massas vivas que podem obter qualquer forma imaginável, inclusive, podem se multiplicar. Com formação protoplásmica, geralmente usam seus corpos como escudo para defender os Herculóides dos ataques inimigos. Glup e Glip serviram de inspiração para a Hanna-Barbera mais tarde criar outro personagem: Shmoo, a foca-fofa.
Zandor é líder dos Herculóides e rei de Amzot, uma terra desértica e rochosa de Quasar. Apesar de não apresentar superpoderes, Zandor vive equipado com um escudo de múltiplas utilidades e com um super-estilingue para repelir ataques inimigos. Tara é sua bela esposa e rainha de Amzot. Frequentemente se torna presa fácil das forças do mal. Outro alvo dos inimigos é Dorno, filho do casal. Ainda jovem, sonha em virar um herói igual ao pai.
Zandor e os Herculóides conhecem alguns segredos de Amzot, como as rochas explosivas. Dentro de uma caverna, no alto de uma montanha, há uma rocha que explode com impactos, neutralizando seus inimigos, que geralmente são formigas e aranhas gigantes, homens mecânicos ou piratas espaciais.
Como já mencionado na introdução deste especial, os estúdios Hanna-Barbera nunca se preocuparam em contar a origem de seus heróis, tampouco as sequências de suas vidas. Desta forma, não se sabe como Zandor, Tara e Dorno foram parar em Quasar.
Os Herculóides foi um dos desenhos de ficção científica de maior sucesso dos estúdios Hanna-Barbera. Estreou nas manhãs de sábado da rede CBS em 9 de setembro de 1967, com aproximadamente 7 minutos de duração cada episódio, apresentados dentro de um segmento de meia-hora. Ficou no ar por dois anos com 38 episódios produzidos.
Reprises dos Herculóides foram mais tarde apresentadas como parte do desenho Super Globetrotters, em 1978. Três anos depois, em 1981, mais 11 episódios de Os Herculóides foram produzidos para a rede NBC, como parte do programa Space Stars, que também exibiu novas aventuras do herói Space Ghost.
Os Herculóides foram criados por Alex Toth, principal desenhista da Hanna-Barbera nos anos 60 e 70. Isso explica a semelhança do desenho com outro grande sucesso da Hanna-Barbera- Jonny Quest, outra criação de Toth. O artista também imprimiu seu traço revolucionário em criações como Homem-Pássaro, Space Ghost, Mightor, Galaxy Trio e Superamigos.

Os Impossíveis

Título: (The Impossibles/1966-1967/EUA/Cor)
Formato: 
36 episódios de 6 minutos
Dublagem: AIC/SP. Gastão Renné [Homem-Mola]; Older Cazarré [Homem-Fluido]; Carlos Alberto Vaccari [Multi-Homem]; Ibrahim Barchini (narrador).
Os Impossíveis, juntamente com Frankenstein Jr., dividiram o mesmo horário na tevê americana e sempre fizeram muito sucesso entre a garotada.  Com um visual moderno para a época, explorando roupas e penteados de grupos de rock como The Beatles, Os Impossíveis mostra as aventuras de três super-heróis que são músicos nas horas vagas.

Coil, o Homem-Mola é o líder do trio. É ele quem recebe as instruções do chefe, que aparece em um mini-televisor instalado na ponta da guitarra. Coil é baixinho, gordinho e possui molas nas pernas e mãos, que aumentam sua mobilidade e alcance.
Já o Homem-Fluido pode transformar seu corpo em qualquer tipo de líquido, facilitando o acesso a locais estratégicos. O curioso é que seu traje de super-herói é uma roupa de mergulho com máscara, inúteis para um ser que se transforma na própria água.
O Multi-Homem passa uma imagem de jovem desligado, com uma franja cobrindo os olhos, mas é ágil e poderoso. Cria várias duplicatas de si mesmo, que desorienta os vilões facilmente. Além disso, "Multi" auxilia o grupo a atravessar pontes e acessar lugares altos. Carrega consigo um escudo com um grande "M" gravado e seu bordão é: "Você pegou todos...menos o original".
"Vamos nós!" é o famoso grito de guerra do trio, que ao chamado do chefe para deter algum malfeitor, abandona o que estiver fazendo (geralmente um show) e se transforma nos Impossíveis. O palco do grupo vira o Impossicar, o carro-voador que pode até se converter em um barco, van ou submarino.
Entre os vilões da série, destaca-se o Paper-Doll, capaz de passar por baixo de portas como uma folha de papel, e o Beamatron, armado com mortais raios laser. Como diriam os vilões derrotados, "esses Impossíveis são mesmo impossíveis!".
O desenho, que antes de se chamar Os Impossíveis chamou-se "The Incredibles", foi exibido na rede norte-americana CBS e virou histórias em quadrinhos no final da década de 60, produzidas pela editora norte-americana "Gold Key". No Brasil, foram publicadas em 1967 pela editora O Cruzeiro e, posteriormente, no almanaque "Heróis da TV" da editora Abril.
Em 1979, a Hanna-Barbera fez uma tentativa de readaptação de Os Impossíveis, com o titulo Os Super-Grobtrotters. Foram 13 episódios produzidos, mostrando aventuras dos Harlem-Globetrotters, o famoso time de basquete dos EUA, marcado pelos fantásticos malabarismos com a bola em jogo. No desenho, eles sempre perdem o primeiro tempo de um jogo contra mal-feitores, mas revertem a situação ao entrarem em quadra como super-heróis. Os Super-Globretrotters são formados pelo Homem-Esfera (uma adaptação de Coil), Multi-Homem, Homem-Fluido, Homem-Espaguete e Variedades. Apesar de alguns heróis terem os mesmos nomes e poderes que Os Impossíveis, não se trata exatamente dos mesmos personagens.

Frankesntein Jr

Título: (Frankesntein Jr./1966-1968/EUA/Cor)
Formato: 
18 episódios de 6 minutos
Dublagem: AIC/SP. José Soares (1ª voz) e Henrique Martins [Frankenstein Jr.]; Magali Sanches (1ª voz) e Maria Inês [Bob Conroy]; Wilson Ribeiro (1ª voz) e Marco Ribeiro [Prof. Conroy]; Ibrahim Barchini (narrador).
Buzz Conroy é filho do Dr. Conroy, um famoso cientista que criou Frankenstein Jr., um robô gigante com superpoderes, inteligência e capacidade de voar. Como o nome já indica, Frankenstein Jr. tem certa aparência do famoso monstro do cinema.
Em boa parte do tempo ele permanece desligado e escondido dentro do laboratório dos Conroy. Se alguém estiver em perigo, Bob aciona o robô através de um raio emitido por seu anel. Enquanto o garoto voa sobre os ombros do gigante de lata, o Dr. Conroy os monitora e auxilia de seu laboratório.
A inteligência artificial de "Frank" (como Bob o chama) dá condições para que ele possa falar e entender as ordens dadas por Bob.
A exibição original do desenho se deu no show Frankenstein Jr. e Os Impossíveis, onde o horário foi divido com outros famosos heróis da Hanna-Barbera, Os Impossíveis.

Space Ghost

Título: (Space Ghost/1966-1968/EUA/Cor)
Formato: 
42 episódios de 6 minutos (série de 1966), 22 episódios de 6 minutos (série de 1981).
Dublagem: AIC/SP. Arakém Saldanha [Space Ghost]; Rita Cleós [Jan]; Olney Cazarré [Jace]; Don Messick [Blip] {mantidos do original}; Ibrahim Barchini [narrador].

Na metade dos anos 60, a emissora americana CBS estava perdendo audiência no concorrido "saturday morning" (manhãs de sábado) para a rede ABC. Foi então que encomendou uma série animada aos estúdios Hanna-Barbera, que devesse conter muita ação e que fosse estrelada por um super-herói. Como o estúdio ainda não contava com bons roteiristas e desenhistas especializados em ficção-científica, a HB contratou o desenhista Alex Toth, que já havia trabalhado em quadrinhos dos personagens Flash e Lanterna Verde da DC Comics. Joe Ruby e Ken Spears, que anos mais tarde criariam o estúdio Ruby Spears Productions, ficaram responsáveis pelos roteiros. Assim, Toth criou em 1966 o herói interplanetário Space Ghost, inspirado em outro herói, dos quadrinhos, chamado The Spectre, da editora Marvel Comics.
O desenho Space Ghost foi exibido originalmente dentro do programa Space Ghost & Dino Boy, com estréia nos EUA em 10/09/1966. Foi ao ar até setembro de 1968 e apresentou um episódio de Dino Boy e dois de Space Ghost por sábado.
A missão do herói é combater alienígenas malfeitores. Seus poderes se originam de um cinturão que pode deixá-lo invisível ou gerar um campo de força impenetrável ao seu redor. Seus braceletes energéticos emitem raios letais aos seus oponentes e o uniforme lhe dá poder de vôo rápido. Ele ainda possui um comunicador (é acionado no símbolo que prende sua capa) e o poder da teleportação, transformando todos os átomos de seu corpo em energia. Space Ghost pode até criar portais para viagem no tempo e no espaço.
O herói viaja na veloz espaçonave Cruzador Fantasma em companhia dos jovens irmãos Jan e Jace e do macaco-espacial Blip, que sempre promove problemas para a equipe. Os três também possuem um cinto de invisibilidade, um aparelho de comunicação e um pequeno jatinho nas costas. Jan e Jace possuem ainda uma espécie de motocicleta voadora.

Na verdade, Space Ghost é um humano chamado Tad Ghostal, que vive no Planeta Fantasma, um lugar próximo da Terra. Nas luxuosas dependências de seu quartel-general, Space Ghost conta com alojamentos, sala de comunicação com vários computadores superavançados, sala de radar e um hangar para abrigar o Cruzador Fantasma. Ele conta também com uma redoma de força impenetrável que não deixa ninguém se aproximar.
Os principais inimigos de Space Ghost são o louva-deus gigante Zorak, o cruel pirata espacial Brak e o mestre da lava vulcânica, o poderoso Moltar.
Após um ano de exibição de Space Ghost (setembro de 1967), a Hanna-Barbera lançou um episódio especial de seis partes, onde os principais vilões de Space Ghost (Zorak, Brak, Metallus, a Viúva Negra, Moltar, o Rei das Criaturas e Lokar) se uniam para destruí-lo. A fim de divulgar novas séries animadas, houve participação especial dos novos heróis da Hanna-Barbera, que estreariam ainda naquele ano: Os Herculóides, Shazzam, O Poderoso Mightor e Moby Dick. Posteriormente, Os Herculóides ainda ajudariam Space Ghost no último episódio da 2ª temporada da série, em 1982.
Em setembro de 1968, Space Ghost foi cancelado e substituído por outro desenho na rede CBS. Assim, a série foi reprisada em outro horário entre 27/11/1976 e  03/09/1977, desta vez dividindo o programa com Frankenstein Jr.
Em 1981, a Hanna-Barbera estreou novos episódios de Space Ghost, dentro do programa Space Stars. Foi ao ar pela rede NBC, aos sábados de manhã, por apenas um ano. O programa trouxe um episódio da Patrulha Adolescente; um de Astro (um cachorro que é policial espacial); e um terceiro desenho que poderia ser de Space Ghost ou de Os Herculóides. Foram 22 novos episódios de Space Ghost, que foram ao ar entre 12/09/1981 e 11/09/1982. Mas estes novos episódios não mostraram  Space Ghost enfrentando seus inimigos clássicos. A cada episódio, um novo vilão foi mostrado, com exceção do Feiticeiro, que aparece em dois.

Costa a Costa

Em 1994, o herói intergaláctico voltou à tevê, mesmo que numa forma caricata. Space Ghost estrelou um talk-show no canal pago Cartoon Network, chamado "Space Ghost de Costa a Costa". Os assistentes do programa foram outrora os seus inimigos Zorak, um louva-deus gigante que agora trabalha como tecladista e líder da banda do programa e Moltar, uma criatura de lava acomodada dentro de uma armadura metálica, que trabalha como editor do programa. Ocasionalmente outros vilões também auxiliam o herói, sendo Brak o mais popular. O programa é uma paródia aos programas de entrevista noturnos dos EUA, como David Letterman e Jay Leno, fontes de inspiração para o programa do Jô Soares no Brasil.

"Space Ghost de Costa a Costa" usou um humor irreverente, ácido e surreal, entrevistando celebridades que aparecem num televisor. As imagens de Space Ghost e dos assistentes foram aproveitadas dos desenhos originais da série de 1966, mescladas com imagens geradas por computação gráfica.
Em 1995, Space Ghost estreou outro programa seguindo o mesmo estilo, chamado de "Cartoon Planet". Tempos depois, Brak e Zorak também estrelaram um programa próprio, chamado "O Show do Brak".

A Formiga Atômica

Título: (The Atom Ant/1965/EUA/Cor)
Formato: 
26 episódios de 6 minutos em duas temporadas.
Dublagem: Herbert Richers/RJ. Rodney Gomes [Formiga Atômica]; Mariano Dublatchevicius [narrador].
A Formiga Atômica compensa seu tamanho reduzido com habilidade de voar, super-velocidade e força inigualável. Tudo isso é fruto de muito exercício físico e do Desintegrador de Átomos, um dos aparelhos de seu laboratório, que fica dentro de um formigueiro.

O herói usa um capacete com dois orifícios superiores, por onde passam duas antenas que captam sinais de perigo enviados por pessoas em perigo. Quando isso acontece, ela rapidamente interrompe seus freqüentes treinos -- geralmente um levantamento de halteres -- e voa ao local para enfrentar ladrões, mafiosos ou qualquer tipo de pessoa mal-intencionada. Seu grito de guerra é o inesquecível "Lá vai a triônica, Formiga Atômica!".
Mas, mesmo com tantos poderes, algumas missões exigem muito do herói, que volta ao seu formigueiro para levantar seus halteres um pouco mais e poder concluir a missão.
Esta série animada teve um total de 26 episódios, onde 20 foram apresentados entre 1965/67, num segmento de meia-hora, juntamente com Xodó da Vovó e Zé Buscapé. Os outros seis episódios foram exibidos entre 1966 e 1967, quando a formiga mais forte do mundo passou a ser exibida dentro do show do Esquilo Sem Grilo.
A Formiga Atômica teve ainda uma versão em quadrinhos, publicada no Brasil pela revista "Heróis da TV" (Editora Abril) entre 1975/77. Nos anos 80, o pequeno herói também foi atração nos gibis "Astros HB" (RGE, atual Editora Globo) e "HB Show" (Editora Abril).


Fonte: www.retrotv.uol.com.br